Compositor: Jorge Drexler
Fomos fechando, um a um, quatro bares
Já estava amanhecendo em Montevidéu
Você me prometia bugigangas e ultramares
E ao voltar do banheiro, quem não acreditaria em você?
Desorientado e confundindo vocações
Eu estava preso em minha alegria diletante
Fui a Madri, com meu violão e minhas músicas
Seguindo o seu conselho delirante
E hoje, já faz vinte e dois dezembros
Daquela noite louca que selou minha sorte
Esta música, melhor tarde do que nunca
Eu compus para te agradecer
E embora sei que com sua bagagem de Alatriste
Você sente vergonha das confissões de bebedeira
Eu acho que você sabe que o presente que você me deu
Mudou minha vida inteira
Eu te amo muito mais do que te digo
Eu te vejo muito menos do que gostaria
E como eu, um monte de amigos
Que você foi fazendo na estrada da vida
Fiquei te devendo a Milongo del Moro Judío
E outra noitada enchendo a cara por Madri
Onde aprendi a controlar mais de cem delírios
E a roubar mais de mil beijos
Tenho o cuidado de camuflar seu sobrenome
E quem quiser adivinhar que adivinhe
Para nomear a quem estou agradecendo
Digamos que falo do Martínez
E embora sei que com sua bagagem de Alatriste
Você sente vergonha das confissões de bebedeira
Acho que você sabe que o presente que você me deu
Mudou minha vida inteira
Acho que você sabe que o presente que você me deu
Mudou minha vida inteira